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sábado, 29 de setembro de 2012

HEBE, UM MITO?



Dona de frases memoráveis como "Nossa! ela é a cara do pai, cuspido e escarrado" (ela quis dizer "esculpido e encarnado") e por abordar dilemas inquietantes do pensamento filosófico moderno como na frase "porque todo pobre tem o pé rachado?", Hebe Camargo é celebrada hoje, no dia de seu falecimento, como "o maior nome da tv brasileira", segundo o portal de notícias do Yahoo. Não que
ro ser insensível, mas nesse momento de comoção a demagogia ganha proporções galopantes, criando-se um mito por meio da lente de aumento midiática. Hebe era uma mulher que defendia valores conservadores e ultra-reacionários. O programa dela era pobre em todos aspectos, sobretudo pela desenformação e conhecimento limitados que Hebe possuía para abordar quase todos assuntos. Esse vazio era preenchido com excessivos elogios numa caricatural interpretação de simpatia. Com todo respeito a vida humana, mas Hebe não deixa legado algum a nossa televisão. O formato de programa que ela apresentava já estava pra lá de desgastado e sua audiência cada vez mais tímida garantida pela fidelidade que adquiriu ao longo de décadas de TV. Era uma programa de entrevistas tolas e superficiais, que não se renovou, tampouco agregou inovações relevantes ao jeito de se fazer TV. O rótulo de "diva da tv brasileira" atribuído a Hebe, na minha opinião, só comprova quão questionável é a qualidade da nossa TV.

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